A história de Oxumarê é uma das mais fascinantes dentro das religiões de matriz afriana. Considerado o orixá da dualidade, da transformação e do movimento contínuo, Oxumarê representa o ciclo da vida, da morte e do renascimento. Neste artigo, vamos explorar a origem mítica de Oxumarê, seus símbolos, significados e sua importância espiritual dentro das religiões de matriz africana.

O que é Oxumarê?
Oxumarê é um orixá cultuado principalmente nas nações Keto e Jeje do Candomblé. Ele é conhecido como o orixá do arco-íris e da serpente, o que representa sua natureza dupla: ao mesmo tempo masculino e feminino, água e fogo, céu e terra.
Essa dualidade não representa confusão, mas sim complementaridade e equilíbrio. Oxumarê é símbolo do eterno retorno, da renovação das energias, do fluxo que conecta os mundos espiritual e material.
A origem e os mitos sobre a história de Oxumarê
Segundo os mitos iorubás, a história de Oxumarê começa com sua missão de levar a água para saciar a sede do mundo e trazer o arco-íris após a chuva. Ele é um dos filhos de Nanã e associado a Obatalá (Oxalá), de quem herdou a sabedoria e a ligação com o céu.
Em uma das lendas mais conhecidas, Oxumarê era uma serpente que subia aos céus para renovar o mundo com a água da vida. Por isso, sua figura é descrita como aquela que conecta os opostos: homem e mulher, céu e terra, início e fim.
Essa conexão com o arco-íris o tornou um símbolo da beleza após a tempestade — um lembrete de que a harmonia vem depois do caos.
Oxumarê e a serpente: um símbolo profundo
O símbolo de Oxumarê como serpente aparece em diversos mitos. Ele se manifesta como a cobra que circunda o mundo, sustenta o céu e equilibra as forças da natureza. No sincretismo católico, muitos o associam a São Bartolomeu, mas sua identidade espiritual africana continua fortemente presente nos terreiros.
Na cultura jeje, Oxumarê é também conhecido como Dan, o vodum serpente, reforçando sua ligação com o movimento e a vitalidade.
Por que conhecer a história de Oxumarê é importante?
Entender a história de Oxumarê vai além do conhecimento religioso. É compreender como os orixás representam valores, lições e arquétipos que nos ajudam a interpretar a vida.
Oxumarê nos ensina:
- A importância do equilíbrio emocional;
- A beleza das transformações da vida;
- Que tudo na natureza está em movimento;
- Que há força na mudança e sabedoria na fluidez.
Como é cultuado Oxumarê?
Os rituais para Oxumarê geralmente ocorrem em datas ligadas ao ciclo das águas e da fertilidade. Seus elementos sagrados incluem o arco-íris, a serpente, o cobre e o azul com amarelo. Ele é saudado com o axé “Arroboboi Oxumarê!”.
Os devotos buscam em Oxumarê a força para recomeçar, romper ciclos negativos e trazer prosperidade.
Conclusão: A história de Oxumarê e seu poder de transformação
Oxumarê é muito mais do que um orixá da natureza — ele é um arquétipo de mudança, movimento e renovação constante. Sendo assim, conhecer a história de Oxumarê é mergulhar em um universo simbólico profundo, onde tudo está conectado. Seu culto é uma celebração da vida em todas as suas fases, com suas curvas, cores e renascimentos.
🌈 Quer se aprofundar ainda mais na história e nos mistérios de Oxumarê?
Conheça o livro “Oxumaré: o Arco-Íris Sagrado”, de Lurdes de Campos Vieira — uma obra indispensável para quem deseja compreender com profundidade o simbolismo, os rituais e a espiritualidade desse orixá transformador.
👉 Clique aqui para garantir seu exemplar e mergulhar no caminho sagrado de Oxumarê!